Os jovens não deveriam morrer (Crônicas de uma epidemia # 53)
Marcus Vinicius Batista Priscila tinha 35 anos. Sonhos demais, ilusões para cultivar e depois desfazer, amores por viver e talvez descartar, amizades por renovar e construir, vida profissional para carregar e pelejar, problemas para lidar e protelar...Um horizonte a seguir feito todas as pessoas em condições equilibradas de temperatura, pressão e meio ambiente. Como todo jovem, ela se foi antes da hora, na opinião de qualquer pessoa de bom senso. Como cidadã, ela não deveria morrer por causa de um vírus que aglomera gente na porta do lugar onde se chega depois de morrer, independentemente da fé. A casa tá cheia. Gente que nega, gente que luta, gente que cuida de gente, gente que se descuida, gente que causa surpresa porque deveria estar por perto, gente que não surpreende na estupidez humana. A morte não é um destino dos velhos. Longe disso. A morte é para todos nós, precisamos vê-la, conversar sobre ela, senti-la ainda que seja pela dor. A questão é